TEXTOS

 

Luis de Castro & Lucarocas
Psicologia e Arte a Serviço da Vida



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O mistério da vida sempre me fascinou.

Desde a minha noção de entendimento, me fiz leitor do conhecimento que me pudesse elevar a um ser melhor a cada dia.

Não tive a facilidade de muitos para chegar a um grau de conhecimento maior em pouco tempo, mas fiz minha jornada como o “louco do tarot”, sem pressa e feliz.

Caminhei nas cores da vida e edifiquei meus sonhos com o melhor de mim, e aprendi a não buscar no outro o que me faria feliz: eu era a minha própria felicidade.

Calejei os pés na caminhada pisando firme a terra dura, não fiz calo no calcanhar porque sapatos não havia. Fiz calo nas solas dos pés, pois ali estava a raiz do meu existir.

Com os pés firmes caminhei com os meu sonhos e, um a um, fui construindo a minha realidade.

Não comi “o pão que o diabo amassou” porque, muitas vezes não havia pão, e o que me vinha era de Deus.

Chorei no silêncio das caminhadas, e minhas lágrimas regaram sementes mortas que germinaram ao longo do caminho que eu passava. Por onde eu passava eu semeava beleza que era regada pelo meu suor e as minhas lágrimas.

Nunca lamentei. Sempre fui gratidão, pois muitos que me conhecem acreditavam que eu iria ficar sentado no troco das lamentações esperando meus sonhos passarem, puro engano. Quando parei no troco da estrada não foi para lamentar, foi para perceber que o troco já foi semente, já foi árvore, e ainda poderia ser força e energia para o caminheiro. Fiz do pouso um amparo para agradecer a Deus pelos passos dados até ali.

Entre caminhos e caminhadas fui descobrindo os mistérios da vida humana: do coração que pulsa de saudade, do afeto dos amantes, da dor da tristeza, da paz da solidariedade, da fé, da esperança  e da vontade de ser feliz. Mistérios que busquei em mim mesmo para encontrar nos outros.

Assim caminhei até aqui para regular o meu conhecimento, e adquirir outros novos, e continuar caminhando na busca do mistério de mim mesmo.

A caminhada que agora inicio traz um propósito idealizado desde o meu tempo de entendimento de gente: servir, servir a quem quiser ser servido para a construção de um bem maior.

Na minha caminhada ouvia alguém dizer: “Ele não presta!” e eu sorrindo respondia: “Posso não prestar, mas nasci para servir!”

Se hoje estou cursando Psicologia é porque só agora pude atender a esse chamado.

Espero que os meus conhecimentos sirvam para servir... 

Luis de Castro – Lucarocas

                                 Fortaleza, 12 de março de 2023.





                                    ESCOLHA DA PAIXÃO
                                  Luis de Castro - Lucarocas
 
     Na minha lida do cotidiano é muito comum ouvir pessoas com queixas tais como “Me apaixonei pela pessoa errada” ou “Parece que você não gosta mais de mim”.
     Tais manifestações são oriundas de pessoas que colocam no outro a sua intenção de ser feliz. Esquecem elas, que a paixão é um estado involuntário que, geralmente surge unilateralmente, sem que haja a necessidade de o outro corresponda.
     Quando essa “paixão” passa a ser correspondida pelo sujeito do desejo dessa vontade, encontra-se aí uma manifestação de êxtase e prazer que pode evoluir num contexto de frequência temporal, ou distanciar-se nas emoções relacionais.
     Quanto mais há apego na relação, mais um estado de dependência gera uma pseudo felicidade, e o sujeito apaixonado tende a perder a visão periférica do mundo, e achar que o eixo da sua felicidade se encontra no outro.
     O outro, por sua vez, não se afinando na mesma sintonia, tende a distanciar-se, pois o sujeito apaixonado termina por sufocá-lo, o que destrói a relação de apaixonamento, e até mesmo outros sentimentos que, porventura, foram construídos através do tempo.
Nesse contexto, o “amante apaixonado” entra em processo de sentimento de abandono e revolta achando que o seu mundo ruiu e que “fez a escolha errada”, ou quando finda a relação começa a se diluir, e solta o famoso desabafo: “parece que você não gosta mais de mim”.
    É importante lembrar que a paixão é involuntária, mas que pode ser construída ao longo do relacionamento, ou retraída de acordo com o comportamento de cada parceiro.
     Colocar no outro a responsabilidade da sua felicidade, e dar poder da sua vida a outra pessoa, e assim, muitas vezes,  tirando de você a capacidade de controle das suas próprias emoções. Numa linguagem mais clara: quem dá poder ao outro perde o seu poder.
Outro foco para essa questão é o conceito de “certo” e “errado” no prisma da escolha da “paixão”. O certo se faz quando o sujeito apaixonado é correspondido, caso contrário, é errado. Percebe-se, no entanto, que a paixão é egoísta.
Costumo dizer que não existe a “pessoa certa”, pois a única pessoa certa seríamos nós, e se fizermos uma análise de caso, talvez percebamos que somos mais errados do que nós achamos certos.
     Não quero dizer com isso que a pessoa se enclausure na sua masmorra de solidão, e não viva as suas paixões. Apenas alerto para não fazer da sua paixão a sua própria masmorra de solidão.
     A vida é simples. As paixões é que a complica.
    Escolha você como a paixão certa,
que os amores virão, e a felicidade reinará por um período mais longo.
Feliz escolha.

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Luis de Castro – Lucarocas
     Psicologia a arte a serviço da vida
               (85) 999998-3843
    luisdecastrolucarocas@gmail.com
    www.luisdecastrolucarocas.com.br
 

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A CHUVA E A AULA 

            Hoje foi daqueles dias que a alma pede repousa, e o corpo se acomoda na preguiça da segunda-feira.

            Dia em que a cama acolhe os melhores pensamentos dos desejos de sonho, mas a vida pulsa numa realidade de aula ainda cedo.

A chuva cantava seu hino no telhado, enquanto no celular aparecia o aviso de que não haverias as duas primeiras aulas.

Vontade de ficar e dever de seguir...

Enquanto a chuva alagava as ruas, o café requentava. Havia levantado com a coragem dos sábios, e a preguiça dos poetas.

Havia aula para assistir.

Fui à faculdade enxarcado de chuva, e cheio de dever a cumprir.

A roupa enxarcada me deixava mais frio do que de costume. Cheguei à sala. O professor não havia chegado. Talvez por enfrentar as minhas mesmas dificuldades.

A aula não era do professor, a aula era minha. Eu era a pessoa mais importante daquele encontro de saberes. Eu era quem queria aprender, pois, muitas vezes, não precisei de professor para promover o meu aprendizado.

Nesse dia aprendi que quem se acomoda não realiza sonhos. Aprendi com a chuva. Aprendi como tentar me proteger, como atravessar as ruas alagadas, e acima de tudo, como as pessoas são diferentes. Aprendi que pessoas se acomodam, e outras superam barreiras para chegar à sua conquista.

Como eu, muitos colegas estavam em sala esperando a aula desse dia. Cada um com seu jeito de enfrentar a mudança do tempo.

Hoje a aula tinha uma luz a mais no meu caminho. A luz de uma força que me move a seguir na minha trajetória, mesmo que a aula seja num dia de chuva.

Assim vou seguindo...

 

Fortaleza, 13 de março de 2023

 

Lucarocas a Arte de Ser

 

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